sexta-feira, 22 de abril de 2016

Blog Inativo


Venho eu Renato Brito por essa mensagem a dizer a todos que esse blog está inativo desde a última postagem, por razões de consciência, percepção e a auto-reflexão. E não ter medo de indagar-se do que são feitas essas coisas e porque elas existem.
Mas de qualquer forma pra mim, foi uma experiência válida, porém de investigação e nunca por apego a nada do que pesquiso ou analiso, porque senão se torna uma perigosa "verdade absoluta". No momento que aquilo não mais condiz com a visão e consciência que você tem hoje, é hora de partir em trilhar um outro "caminho" rumo ao desconhecido!!!
Eu sempre tenho em meu coração uma coisa: Analisar tudo e reter somente o que for bom!!!
E foi o que fiz e faço até hoje.....e por essa razão o blog ficará totalmente sem movimento da minha parte.
Agradeço pela colaboração e carinhos de todos que visitaram e principalmente aqueles que se tornaram membros, mas infelizmente tenho que me despedir...mas eu só estou saindo e deixando esse blog...porém estou em todos outros blogs que tenho ativamente.
Quem quiser fazer uma visitinha em um dos meus blogs, ficam a vontade e será bem recebidos, meus queridos e prezados leitores. 

Eu ainda não sei o que fazer com esse blog...mas não tenho nada em vista por enquanto, até mesmo porque não estou pensando em fazer nada com ele, mas se for ter futuramente irei sim reutilizá-lo mas para outros fins.

Então é isso amigos e amigas....está aqui os meus sinceros esclarecimentos do porque não postei mais nada aqui nesse blog.

Desejos a todos um ótimo dia, e quem sabe numa próxima novidade.....nunca se sabe o dia de amanhã, né? rs

É isso queridos....bjs e abraços a todos!!! 

~ Renato Brito





quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Soltando-se da Raiva:


Soltando-se da Raiva:
A raiva é um bom exemplo para começarmos, uma vez que é uma emoção muito forte e as pessoas, efetivamente, não gostam da presença dela pormuito tempo. O Buda disse que a raiva é como pegar uma brasa quente com a intenção de jogá-la em outra pessoa, só que quem realmente se machuca é quem atira a brasa. Há momentos em que é muito natural ficarmos bravos, sendo insalubre não expressarmos ou não permitirmos sentir essa emoção forte. Mas da mesma forma que é natural para a mente passar pela experiência da raiva, é bom desenvolvermos consciência sobre a real utilidade dela, nos perguntando, também, se em algum momento traz boas sensações ou, pelo contrário, sempre causa dor, tristeza e inquietude.

À medida que começamos a desenvolver a concentração mental e nos capacitamos para uma introspecção que permite contemplar o tipo de pessoa que somos, começamos a nos distanciar e a encontrar o espaço necessário para observar a raiva, em vez de sermos imediatamente tomados por ela assim que ocorre. Se não aprendemos a treinar a mente, uma emoção como a raiva facilmente nos controla, principalmente quando estamos distraídos. Podemos até saber que reagimos mal a certos acontecimentos, mas nos sentimos impotentes quando a raiva surge; no calor da reação a uma situação particular não há tempo para verificar de onde ela realmente veio. Por isso, a princípio, não devemos tentar suprimir a raiva quando ela surge, mas apenas começar a reconhecê-la e observar suas fontes e características. Por que certos acontecimentos parecem apertar nossos botões, enquanto outros não o fazem? O que é mesmo que nos afeta? A grosseria, por exemplo? Ou será que quando alguém age mal, nos sentimos afrontados por suas palavras ou ações? Como é que ele fez isso? Como é que ele me disse aquilo? Ou talvez seja porque nos sentimos impotentes em certas situações: quando o motorista do ônibus vai embora logo que conseguimos chegar na parada; ou quando o chefe nos esquece na hora de conceder a promoção para a qual nos esforçamos tanto; quando o banco envia uma carta para informar que os juros do empréstimo vão subir; ou, ainda, quando estamos exaustos e nosso filho adolescente decide sair para a balada até alta madrugada e o esperamos acordados, muito preocupados. Todos esses fatores podem ser gatilhos para a raiva.
Essa é a vida no mundo real e nem sempre segue nossos planos. Alguns dias parece que o mundo inteiro está contra nós. Mas é o que fazemos com nossa raiva que faz a diferença entre apanhar a brasa quente e nos queimarmos ou permitir que ela esfrie. Assim, se um colega de trabalho ou nosso parceiro fez algo que tornou nosso dia muito mais difícil, ficamos furiosos, podemos gritar e espernear de raiva. Mas que resposta isso normalmente enseja? É possível que também fiquem com raiva ou se sintam mal e envergonhados pelo que fizeram a ponto de ficarem tristes e irem embora. Por outro lado, podemos ficar em silêncio, ainda que a raiva permaneça tão evidente que qualquer um a percebe. Seguimos segurando a brasa quente. Quando a sentirmos queimar, talvez seja mais fácil largá-la, em vez de jogá-la em alguém – só, então, será possível examiná-la e tentar articular sua existência. Esse é o momento de nos perguntar por que sentimos a raiva e de onde ela veio. Talvez haja uma combinação de fatores externos e, possivelmente, condições internas também façam parte – tais como o cansaço ou exigir padrões muito perfeccionistas, querer que as coisas sejam exatamente do nosso jeito.
Encontrar um equilíbrio entre falar de forma útil e assertiva ou usar as palavras como adagas contra outra pessoa nem sempre é fácil, mas vale a pena praticar em nome de nossas próprias mentes serenas e da felicidade daqueles próximos a nós. A princípio pode ser muito difícil controlar o temperamento, mas quando começamos a ver os resultados – a paz mental obtida, como nos damos melhor com a família, amigos e colegas e até com os estranhos na rua – fica claro que vale a pena praticar.
Algumas práticas explicadas neste livro são particularmente úteis para nos soltarmos da raiva. Simplesmente focarmos na respiração quando sentimos a raiva queimando – essa prática pode esfriar as chamas, reduzindo os batimentos cardíacos e acalmando o corpo para acalmar a mente.
A Meditação da Apreciação nos ajuda a reestruturar a mente com uma perspectiva mais positiva perante a vida; ao nos focarmos nos pontos altos, temos mais resiliência perante os baixos e, assim, talvez fiquemos menos propensos a nos agarrar tão prontamente à raiva.
A Contemplação da Mudança também é muito útil já que, à medida que seguimos com o movimento da correnteza, passamos mais ao largo dos obstáculos ou os encaramos no nosso ritmo, em vez de nos chocarmos contra as pedras.
Também é bom nos apressarmos menos durante o dia, de forma que tenhamos mais tempo e espaço para deixar a raiva esfriar. Uma sugestão para acordarmos cedo pela manhã é fazê-lo gradualmente, cada dia alguns minutos mais cedo, em vez de tentar acordar bem mais cedo de uma só vez. Dormir uma boa noite de sono também nos deixa revitalizados e, muitas vezes, menos agitados.
Passarmos algum tempo olhando para dentro, contemplando nossa identidade, nos ajuda a explorar a raiva de acordo com sua origem interna, em vez de meramente colocarmos rótulos nas diversas condições externas que nos “deixam” com raiva. Será que somos pessoas que gostam das coisas exatamente do nosso jeito? Se for o caso, observarmos as situações sob diversas perspectivas pode ser de grande utilidade. Ou será que nossas frustrações nos deixam mais suscetíveis à raiva? Por exemplo, podemos estar infelizes com nosso trabalho, mas, quando exploramos essa situação, podemos perceber por que estamos sempre reclamando de nossa jornada; ou se temos ansiedade em relação a nossas finanças, ficamos desproporcionalmente bravos quando nossa companheira compra um par novo de sapatos.
Trecho do Livro “A Mente Serena” - Gyalwa Dokhampa,
Editora Lúcida Letra Para adquirir o livro :http://www.lucidaletra.com.br

domingo, 13 de dezembro de 2015

TRANSFORME O BROTO EM UMA FLOR

TRANSFORME O BROTO EM UMA FLOR

Abra as pétalas do coração
Às vezes seu coração está presente, mas é como um broto que não desabrochou. Mas, como todo botão tem a possibilidade de transformar-se em uma flor, faça o seguinte: inicie um processo respiratório.
Expire puxando o estômago para dentro e jogue todo o ar para fora. Quando você sentir que o ar saiu, mantenha essa postura durante dois ou três minutos.
Será difícil, mas aos poucos você conseguirá chegar aos três minutos de apnéia. Quando relaxar, o ar voltará com força, provocando uma sensação de euforia, pois a inspiração profunda traz uma grande vitalidade. Essa pressão ajuda a abrir as pétalas do seu coração.
Você pode praticar esse exercício diversas vezes durante o dia, mas cada vez não deve exceder sete repetições. É importante estar com o estômago vazio para conseguir realmente esvaziar os pulmões e mantê-los vazios por mais tempo.
Este é um dos melhores truques para abrir o coração.
Osho, em "Uma Farmácia Para a Alma"


quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

NOSSO PRAZO TERMINA EM 2019!

NOSSO PRAZO TERMINA EM 2019!

À pedido de Jesus - Ministro da Terra na comunidade cósmica -, diversos espíritos, de elevada expressão espiritual, estão vindo à Terra, alguns encarnando-se, para trazer o avanço que adquiriram e tecnologias que são utilizadas em outros mundos para fazer desenvolver a humanidade.
Um dos primeiros campos de atuação será a saúde. Eles desenvolverão órgãos sintéticos, sem risco de rejeição, acabando, em definitivo, com o sofrimento daqueles que precisam recorrer a um transplante. A presença desses espíritos causará uma nova onda de progresso, um acelerado desenvolvimento de todos os setores humanos e em conformidade com a harmonia necessária para elevação do planeta na escala dos mundos.

O mesmo se dará no Brasil, especialmente, no que se refere à política. Já estão encarnados espíritos que foram preparados na espiritualidade – entre eles, Emmanuel, mentor espiritual de Chico Xavier – e que terão influência muito grande na transformação cultural e política do Brasil. Essa transformação será tão grande que soará inacreditável e mesmo a comunidade internacional se impressionará de ver o quanto o Brasil progredirá socialmente. Esse processo deve se intensificar na década de 2040.
Outros tantos espíritos, de elevada hierarquia, estão se movimentando em outros pontos do planeta, auxiliando os diversos países a lidarem com seus problemas internos e, também, com os conflitos entre nações. Talvez nunca a espiritualidade, como um todo, tenha trabalhado tão intensamente para favorecer ao homem a mudança real e efetiva.
Entretanto, da mesma forma que as forças do bem se organizam e operam, as forças das trevas também o fazem. Espíritos com grandes conhecimentos e inteligência, mas cujos corações ainda são frios pelo desinteresse no bem, se organizam em verdadeiros batalhões, exercendo grande pressão e domínio em certas regiões do planeta.
O desenvolvimento dessas inteligências é tão grande que eles conseguiram dominar a técnica da reencarnação e, em determinadas partes do mundo, especialmente no oriente médio, a influência que exercem é grande a ponto de conseguirem reencarnar espíritos inferiores para atender aos objetivos que possuem.
Nesses locais, a presença das trevas é tão constante que promove uma espécie de “elevação do umbral”, onde os encarnados praticamente transitam entre os espíritos perturbados e perturbadores que estão nas esferas espirituais mais baixas. As barreiras que separam a esfera da carne da dos espíritos inferiores, ali, é mais tênue que em qualquer outro lugar do mundo.
Esse “adensamento trevoso” dificulta sobremaneira a atuação dos espíritos esclarecidos e do bem. O próprio ambiente se torna impróprio para suas manifestações, o que favorece, ainda mais, o domínio das trevas. Nesses locais, a forma mais efetiva de auxílio direto é a reencarnação de espíritos elevados. Tarefa, aliás, penosa.
É isto que ocorreu com Eurípedes Barsanulfo, que recebeu da Alta Espiritualidade, a tarefa de se encarnar em meio aos sofredores dessas regiões de conflito, a fim de levar um pouco de amor e, quem sabe, aquecer alguns corações?
Mas, por que essa mobilização? Por que espíritos de tão elevada expressão estão vindo - sabe-se lá de que parte do universo, o que não deixa de ser, também, uma espécie de sacrifício – nos ajudar a evoluir e por que, almas tão elevadas, como Eurípedes Barsanulfo, tiveram que fazer sacrifícios tão pesados nesse momento da história humana?
Como já havia dito Chico Xavier na década de 1970, uma reunião de espíritos de expressão cósmica, responsáveis pelo nosso sistema solar, juntamente com Jesus, representante espiritual da Terra, deliberaram um prazo de 50 anos, a contar da chegada do homem à Lua, em Julho de 1969, para que a humanidade aprendesse, enquanto coletividade, a viver sem se destruir.
Se isso fosse possível, a humanidade entraria numa nova fase de progresso e aceleração vertiginosa de desenvolvimento. Mas, se falhasse, se as nações entrassem em conflito, especialmente, de ordem nuclear, então sofreríamos um atraso nunca antes visto.
A fase que atualmente vivemos é de sinal vermelho. Espíritos inferiores estão se organizando nos planos inferiores e migrando para a Europa – como ocorreu na Segunda Grande Guerra – influenciando a mente coletiva, e a chance de uma nova guerra se torna cada dia mais factível.
A espiritualidade amiga procura cercar pessoas cujas influências possam ser positivas, como é o caso de Dalai Lama e do Papa Francisco, espíritos bons e com poder de influência a mudar o rumo e a cabeça de muita gente. Pessoas que vieram à Terra espalhar amor, bondade e caridade, ao contrário de tantos líderes religiosos que plantando ódio no coração dos adeptos, cairão...
O conflito entre Rússia e Ucrânia é visto com preocupação pela espiritualidade, pois, nos bastidores, há também outros países e interesses. A luta pelo poder, por terra, por domínio econômico, pode envolver países como a China, Índia, as Coreias, Japão, Estados Unidos e desencadear uma nova sede de poder capaz de levar nosso mundo a uma era de sombras espessas. Desta vez, porém, os recursos bélicos são muito maiores do que nas guerras anteriores.
Uma guerra de grandes proporções faltamente faria uso de armas nucleares, hoje, milhares de vezes mais potentes do que as que destruíram Hiroshima e Nagasaki. Os recursos que não fossem consumidos na guerra, que seria rápida, dado o poder de destruição, seriam consumidos nas tentativas de reestruturação dos países. Mas, o temor da espiritualidade é que o uso dessas armas desencadeie um inverno nuclear capaz de afetar todo o mundo, aniquilar a maior parte das espécies animais e vegetais e transformar o planeta num grande deserto gelado.
Se tal ocorresse, a Terra não ascenderia na escala dos mundos, não se transformaria num Mundo de Regeneração... Mas, ao contrário, voltaria ao status de Mundo Primitivo. O que restasse de humanidade encarnada provavelmente voltaria ao estágio das primeiras civilizações.
Todas essas informações soam apocalípticas e ficcionais. Mas, asseguraram-nos os espíritos de que é um futuro plausível, cujo risco é eminente. É por essa razão que a espiritualidade tem mobilizado tantas almas para ajudar a aplacar o ódio, plantando o amor.
Mas, o que podemos fazer?
Nesses últimos anos até 2019, devemos nos esforçar sobremaneira no desenvolvimento de nós mesmos. Os religiosos são chamados a desempenhar um papel ainda mais atuante, seja em que campo for, em qualquer religião, na transformação de si mesmo e do ser humano. Devemos hoje, mais do que nunca, nos esforçar em nos melhorar, nos transformar, nos modificar em definitivo para o bem. E orar.
Os espíritos nos pediram para que todos reservem alguns minutos do seu dia, das suas orações habituais, dos cultos do evangelho que fazem em casa, para pedir pela paz mundial, pedir que esses espíritos endurecidos possam ser auxiliados pela espiritualidade amiga, pois todo bom pensamento em favor da Terra contribui para que a atmosfera espiritual do planeta se torne melhor, mais propícia às boas influências espirituais. Não devemos subestimar a força do pensamento e, especialmente, a força do pensamento positivo e no bem.
Não devemos temer. Devemos trabalhar com fé e determinação enquanto esse prazo não chega a termo. Devemos apoiar a espiritualidade com nossas orações, nossas atitudes e, se possível, espalhar essa mensagem para que mais pessoas tomem ciência da gravidade do período em que nos encontramos.
Tenhamos esperança de que esses anos passarão e que nada disso ocorrerá. Que nenhuma grande guerra ocorra. Que o bem consiga vencer o mal. Que esses espíritos endurecidos aceitem ajuda e, os que não aceitarem, que sejam retirados da Terra para mundos adequados ao seu progresso espiritual e que toda essa angústia se torne apenas uma lembrança na era de felicidade e paz que nos aguarda, se conseguirmos resistir.
Espírito: Pai Cipriano das Almas
Médium: Adão Netto
Texto: Leonardo Montes
Casa de Caridade Irmãos de Luz – Uberaba, MGr



domingo, 29 de novembro de 2015

Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira.


Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira.
Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é.
Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final.
Se insistirmos em permanecer nela mais que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.
Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos – não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.
Foi despedido do trabalho? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?
Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu.
Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó.
Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seu marido ou sua esposa, seus filhos, seus amigos, sua irmã, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado.
Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco. O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardio, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar. As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora.
Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem. Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração – e odesfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.
Deixa ir embora. Soltar. Desprender-se. Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos. Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais.
Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não tem data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do “momento ideal”. Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará. Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa – NADA É INSUBSTITUÍVEL, um hábito não é uma necessidade.
Pode parecer óbvio, pode ser difícil, mas é muito importante. Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida. Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é.




segunda-feira, 23 de novembro de 2015

AS LEIS DO SOL: HUMANIDADE, DO PONTO DE VISTA ESPIRITUAL.

A HISTÓRIA DO UNIVERSO, DA TERRA, E DA HUMANIDADE, DO PONTO DE VISTA ESPIRITUAL.
Apesar de ser um filme "anime", ele aborda temas muito interessantes e de modo profundo, relacionados à história do universo, da terra, mas principalmente, sobre a origem do Ser humano, que seria uma criação divina, originário do planeta Vênus, que teriam se miscigenado com outras raças extraterrestres, vindo de outros planetas.
Assistindo o filme, percebe-se que o filme tem uma mensagem espiritual, pois aborda todos os grandes personagens espirituais que passaram pela terra, inclusive mostrando que tanto os mestres iluminados, como os seres diabólicos que passaram pela terra, teriam ligações com os extraterrestres.
Curioso, que o filme narra os milhões de anos de existência das várias civilizações humanas, e diz que de tempos em tempos (de 500 até cerca 5.000 anos) , o grande criador, envia um avatar, para mudar a mentalidade da humanidade. No filme é comentado que estamos vivendo uma época, em que o grande criador, vai vir pessoalmente para fazer uma grande mudança evolutiva na humanidade.
Pode ser mais um filme com mensagens tendenciosas, puxando a sardinha para a brasa para determinada religião, ou país. Mas para aqueles que acreditam que a terra já teve várias civilizações avançadas, tais como: Lemúria, Atlântida, Maia, Egípcia, e também acredita em extraterrestres, a história do filme, pode fazer sentido.
(Obs: Esse filme, foi postado na página "O Sol Negro - Livro", da escritora, cientista e pesquisadora ufológica, Maria Pereda)
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“As Leis do Sol”: origens da Humanidade e Transição Planetária, num filme de Ryuho Okawa
Ryuho Okawa transformou o seu livro “As Leis do Sol”, em um fantástico filme, onde conta a história da criação do Universo e da Humanidade, resumindo e unindo, de forma fantástica, as teorias budistas, espiritualistas, ocultistas, entre outras, sobre o tema.
“As Leis do Sol” conta a emocionante história dos povos da Terra, acompanhados por Buda e magníficos Seres Espirituais, que nos auxiliaram – e ainda estão a nos auxiliar, ao longo de 17.000 anos, desde as civilizações de Mu e Atlântida.
“As Leis do Sol” segue até os dias de hoje, abordando, inclusive os temas da Ascensão e da Iluminação da Terra e da Humanidade.
A transição planetária para a Nova Era de Ouro, tão prometida, está também retratada neste belíssimo filme!
Um ótimo filme – em animação – também para crianças! Que tal uma “sessão cinema” em família?





quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Pensamento....

A maioria dos pensamentos costumam ser involuntários, automáticos e repetitivos. Não são mais do que uma espécie de estática mental e não satisfazem nenhum propósito verdadeiro. Num sentido estrito, não pensamos – o pensamento acontece em nós. A afirmação “Eu penso” implica vontade. Ou seja, podemos nos pronunciar sobre o assunto, podemos fazer uma escolha. Mas isso ainda não é percebido pela maior parte das pessoas. “Eu penso” é uma afirmação simplesmente tão falsa quanto “eu faço a digestão” ou “eu faço meu sangue circular”. A digestão acontece, a circulação acontece, o pensamento acontece.
A voz na nossa cabeça tem vida própria. A maioria de nós está à mercê dela; as pessoas vivem possuídas pelo pensamento, pela mente. E, uma vez que a mente é condicionada pelo passado, então somos forçados a reinterpretá-lo sem parar. O termo para isso é carma. Quando nos identificamos com essa voz, ignoramos isso. Se soubéssemos, não seríamos mais possuídos por ela, porque a possessão só acontece de verdade quando confundimos a entidade que nos domina com quem nós somos, isto é, quando nos tornamos essa entidade.
Ao longo de milhares de anos, a mente vem intensificando seu domínio sobre a humanidade, que deixou de ser capaz de reconhecer a entidade que se apossa de nós como o “não-eu”. Por causa dessa completa identificação com a mente, uma falsa percepção do eu passa a existir – o ego. A densidade dele depende do grau em que nós – a consciência – nos identificamos com a mente, com o pensamento. Pensar não é mais do que um minúsculo aspecto da totalidade da consciência, de quem somos.
O grau de identificação com a mente difere de indivíduo para indivíduo. Algumas pessoas desfrutam de períodos em que se encontram libertas do domínio da mente, ainda que brevemente. A paz, a alegria e o ânimo que elas experimentam nesses momentos fazem a vida valer a pena. Essas também são as ocasiões em que a criatividade, o amor e a compaixão se manifestam. Outras pessoas se mantêm presas ao estado egóico de modo contínuo. Permanecem alienadas de si mesmas, assim como dos demais e do mundo ao redor. Quando as observamos, conseguimos ver a tensão na sua face, talvez a testa franzida ou um olhar vago e distante. A maior parte da sua atenção está sendo absorvida pelo pensamento, por isso não nos veem nem nos escutam.
Elas não estão presentes em nenhuma situação – sua atenção está ou no passado ou no futuro, que, é claro, são formas de pensamento que existem apenas na mente. Ou, se estabelecem um relacionamento conosco, fazem isso por meio de algum tipo de papel que interpretam e, assim, não são elas mesmas. As pessoas, em sua maioria, vivem alienadas de quem elas são. Às vezes esse estado chega a tal ponto que a maneira como se comportam e se relacionam é reconhecida como “falsa” por quase todo mundo, a não ser por aqueles que também são falsos e igualmente alienados de quem são.
Alienação quer dizer que não nos sentimos à vontade em nenhuma situação, em nenhum lugar nem com ninguém, nem mesmo conosco. Estamos sempre tentando nos sentir “em casa”, mas isso nunca acontece.


quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Mãe Terra está grávida (Primavera)

"Na Primavera caminhe de mansinho. Mãe Terra está grávida."
"Mãe Terra Grávida"
Isabelle Dos Santos (Ipê dos Santos)

Sou Mãe Terra.
Me deitei com o Universo
Numa noite de inverno.
Nossos corpos se enlaçaram
No espaço flutuaram.
Um encontro demorado.
Urros e suspiros.
Gritos e silêncios...
Sou Mãe Terra
E estou grávida.
Grávida de sonhos,
De desejos,
De amores,
De luzes...
Preparem-se...
Entre dores
Vou parir uma realidade de Paz.
Vou parir satisfações,
Vou parir Amor,
Vou parir...
À luz vou dar a Luz.


domingo, 8 de novembro de 2015

MEDICINA PSICO-ESPIRITUAL


MEDICINA PSICO-ESPIRITUAL

Capítulo V DISTÚRBIOS PSÍQUICOS QUE PRECEDEM O DESPERTAR (Segunda Parte) 


As neuroses e os distúrbios psíquicos que se apresentam no período que precede o despertar do Si oferecem sintomas e manifestações aparentemente semelhantes aos das neuroses comuns. De fato, pode haver, a nível psíquico, angústia, depressão, ansiedade, fobia, medos etc, ou então, a nível físico, vários distúrbios neurovegetativos, que fazem pensar numa neurose provocada pela repressão de um instinto ou por um conflito inconsciente... E, na realidade, como mencionamos no capítulo precedente, mesmo nas neuroses de fundo espiritual, a causa é um conflito ou uma repressão, só que o conflito não é entre dois aspectos da personalidade, mas entre o eu pessoal e o Si, e a repressão não atinge um instinto ou uma exigência humana, mas a mais alta exigência que anima o homem: manifestar a sua verdadeira natureza, a sua essência espiritual Superconsciente, o seu aspecto divino, aquele que Victor Frankl chama de "nous", Jung de "Selbst" e as doutrinas esotéricas de Si, o Eu Superior, a Alma etc.

As neuroses espirituais, porém, apresentam também outros sintomas de caráter, por assim dizer, moral e existencial. O indivíduo que apresenta estes sintomas sente-se como tendo chegado a um ponto de estrangulamento; nada mais lhe interessa, nada mais o satisfaz. A vida lhe parece vazia e sem significado, e tudo em que antes ele acreditava parece agora fútil e sem sentido. Ele se sente imerso como em uma neblina, em uma profunda escuridão sem esperança, em um silencioso desespero. Com freqüência, acrescenta-se a estes sofrimentos também uma crise moral, a ponto de instalar-se nele um profundo sentimento de culpa, um sentimento de inadequação e quase de indignidade, os quais, como veremos, têm uma motivação.

Todos estes sintomas revelam uma profunda crise existencial, que não pode ser resolvida pela psicoterapia comum, mas requer, como o próprio Jung afirma, um amadurecimento, o reencontro de uma nova vida, em outras palavras, uma espécie de iluminação, para que sejam vencidos.

É exatamente a inconsciência que gera o sofrimento, pois ela suscita uma resistência, até mesmo uma rebelião, por parte do eu consciente frente à pressão do Si, prestes a se manifestar.

Todavia, apesar deste estado de inconsciência que, se pode dizer, permanece à superfície, o neurótico, no íntimo de sua consciência, tem como que o pressentimento do que se passa em seu interior e percebe vagamente que é chamado para um outro destino, para algo mais elevado. E é a partir desse pressentimento que nasce o sentimento de culpa e de indignidade, pois ele se culpa a si mesmo e ao seu Si, a quem, sem querer, ele acaba por trair.

É exatamente neste período, chamado por nós "do aspirante espiritual", que a tensão entre os dois pólos da natureza humana se torna mais intensa e dramática, pois as duas vontades, a inferior, do eu pessoal, e a superior, do Si, se equilibram. A crise nasce justamente desta tensão, que parece sem saída mas que, no entanto, pode ser resolvida, não, estranhamente, em virtude de algum esforço, não pela razão ou pela vontade, já que estas nunca são mais do que expressões do eu pessoal, mas pelo abandono, pela rendição incondicional, pela desistência a toda luta e toda intervenção da consciência.

"É preciso que deixemos a alma se encarregar de tudo", afirma Jung, captando com intuição luminosa esta verdade da potência inata à inércia aparente, à rendição incondicional, ao abandono da "Providência divina", que gera o processo saneador e libertador.

Todavia, é oportuno, antes de prosseguirmos com este discurso sobre as atitudes mais adequadas para resolver o conflito, que procuremos distinguir as neuroses comuns das "noógenas" ou espirituais, já que ambas apresentam os mesmos sintomas.

É preciso, antes de mais nada, levar em consideração que todas as neuroses, mesmo as que chamamos comuns e sem nenhum caráter espiritual, são na realidade crises de amadurecimento, pois, mesmo sendo a manifestação de um estado anormal, de uma condição patológica a nível psíquico, escondem todavia uma tentativa de solução do problema, uma pseudo-solução talvez, mas que demonstra o esforço de superação produzido pelas próprias energias inconscientes.

Na realidade, o neurótico, como afirmam os próprios psicanalistas ortodoxos, é um indivíduo que sofre, que luta para superar um bloqueio inconsciente, uma imaturidade, uma inadequação, mas que acaba por se chocar com as resistências causadas pela repressão. É, portanto, uma pessoa ''em evolução". Eu mesma ouvi dizer, da boca de um psicanalista, referindo-se aos que têm problemas psicológicos, imaturidades, e não lutam para superá-los: "Não sabe nem mesmo chegar a um estado de neurose!" De fato, a neurose é considerada o sintoma de uma luta, de um esforço de superação, ainda que mal-encaminhado.

Portanto, mesmo quando se apresenta a nível pessoal e humano, a neurose é sempre uma crise de amadurecimento que tende à superação de um determinado estágio, de uma determinada cristalização, a qual é no entanto impedida e obstada por um bloqueio inconsciente.

Assim mesmo, as neuroses que se originam da frustração de exigências espirituais têm caráter positivo e evolutivo.

Dito isso, observemos que, a fim de reconhecer se os nossos eventuais distúrbios psíquicos, as nossas crises, são comuns ou então espirituais, não há outra maneira senão analisarmo-nos com objetividade, com sinceridade e neutralidade, para entender qual a exigência profunda que se oculta sob os nossos sofrimentos e que, sem querer, reprimimos, e descobrir qual é a motivação real da nossa crise ou doença psíquica. Entender a si próprio não é fácil, mas é o único caminho para se chegar a uma visão realista do problema.

De qualquer maneira, há um critério geral que pode nos ajudar nesta análise e que encara o indivíduo neurótico segundo uma visão espiritualista da vida. Este critério geral é o de compreender a razão pela qual alguns indivíduos colocados em face dos mesmos problemas e das mesmas situações traumatizantes adoecem de neuroses e outros não.

A psicanálise não sabe responder com precisão a essa indagação, sendo que os vários estudiosos não estão de acordo quanto às causas que determinam uma certa predisposição para a neurose, como já mencionamos no capítulo precedente.

As doutrinas esotéricas, ao contrário, vêem na predisposição para a neurose a expressão de uma determinada situação interior do indivíduo, a qual pode derivar do seu tipo psicológico ou raio, ou mesmo do Carma. Não é por acaso que nascemos numa determinada família, que passamos por certas experiências, que somos impedidos ou frustrados pelo ambiente em que vivemos. Todos nós devemos aprender uma determinada lição, vencer determinados obstáculos e superar problemas, nós e impurezas que talvez carregamos de existências passadas.

Todavia, não é tanto a situação exterior que provoca a neurose, mas a reação individual a ela. De fato, nem todos os indivíduos, nas mesmas condições ambientais, se tornam neuróticos. O problema é então subjetivo, e se acha oculto no mais fundo de nós.

Jung afirma que todos os homens são neuróticos e que alguns conseguem encontrar dentro de si forças para "conviver com a neurose" e não se deixar submeter por ela, e outros, ao contrário, são arrastados e subjugados por ela. É, portanto, uma questão de maior ou menor desenvolvimento do "centro de consciência", que proporciona a força e o equilíbrio necessários para superar o conflito e utilizar o sofrimento de maneira evolutiva.

De certa forma, isso é justo, pois podemos dizer que toda a humanidade padece de frustrações e é obrigada a se reprimir sem poder manifestar as suas exigências vitais e profundas. Muito poucos são os que conseguem uma exteriorização plena de si próprios, que levam uma vida harmoniosa e evoluem e crescem sem obstáculos externos ou internos.

Tornam-se neuróticos, então, aqueles que têm uma determinada constituição físico-psíquica, que têm um determinado temperamento e um determinado problema em seu interior: o da "não aceitação" da realidade, o da oposição à força evolutiva e do apego a um nível de vida inferior à sua efetiva maturidade inconsciente.

Os neuróticos, de certa forma, são rebeldes, obstinados, "falsos" cegos que cerram os olhos para não enxergar a própria realidade, tapam os ouvidos para não ouvir a silenciosa voz de seu Si.

O neurótico é o símbolo do homem, ponte estendida entre os reinos animal e espiritual, e que pretenderia viver ao mesmo tempo em ambos. De fato, ele é, como dissemos no capítulo anterior, um indivíduo "incapaz de tomar uma decisão", que deseja o contraditório, sendo talvez por isso que as pessoas do quarto raio são as mais inclinadas à neurose, pois procedem em seu amadurecimento interior por sucessivas e gradativas integrações de polaridade, precedidas sempre por um conflito ou por uma crise.

De certa forma, esta é a maneira por que evolui toda a humanidade, pois, como diz Caruso, "é próprio do homem encarnar-se no Espírito e espiritualizar-se na carne". Isso, por si só, configura uma situação aparentemente contraditória, que traz como conseqüência luta e sofrimento interiores e um estado de permanente tensão entre duas tendências opostas. Podemos, portanto, afirmar (sempre citando Caruso) que "na neurose se reflete de mil maneiras o destino trágico da existência, que sofre da sua própria limitação e procura ultrapassar a situação paradoxal da participação simultânea no ser e no não-ser". [Psicanálise e Síntese da existência, de Caruso.]

Com base no que dissemos, resulta que a neurose, por mais negativa e possa parecer, na realidade oculta também um aspecto positivo. De fato, ela é o índice de uma fraqueza e de uma falha, mas ao mesmo tempo constitui uma tentativa de fusão dos opostos numa síntese superior. 



sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Sannyas é a declaração de que o antigo morreu e aquele que está presente já não é mais o mesmo.


domingo, 25 de outubro de 2015

O homem é absolutamente livre, totalmente responsável por seu próprio crescimento.

"O homem é absolutamente livre, totalmente responsável por seu próprio crescimento. 
Meu sentimento é que quanto mais o homem for responsável pelo seu próprio crescimento, mais difícil é para ele adiar o crescimento por mais tempo. Pois isso quer dizer que se você for miserável, você é o responsável. Se você for tenso, você é o responsável. Se você não está relaxado, você é o responsável. Se você está sofrendo, você é a causa disso. Não há nenhum Deus, não há nenhum sacerdócio que você possa ir e pedir algum ritual.
Você é deixado sozinho com sua miséria e ninguém deseja ser miserável. Os padres continuam lhes dando ópio, eles vão lhes dando esperança. "Não se preocupem, é apenas um teste da sua fé, de sua confiança e se você pode passar por esta miséria e sofrimento silenciosa e pacientemente, no outro mundo além da morte, você será imensamente recompensado".
Se não existir nenhum sacerdócio você terá que compreender que o que quer que você seja, você é responsável por isso, ninguém mais. E o sentimento de que "Eu sou responsável pela minha miséria" abre a porta.
Depois você começa a procurar por métodos e meios de sair fora desse estado miserável e isso é o que a meditação é.
É simplesmente o oposto do estado de miséria, sofrimento, angústia, ansiedade. É um estado de florescimento de um ser pacífico, feliz, tão silencioso e tão intemporal que você não pode conceber que algo melhor seja possível. E não há nada melhor que o estado de uma mente meditativa"


(Osho) 



quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Do sexo ao samadhi

Do sexo ao samadhi

É um longo caminho do sexo ao samadhi. Samadhi é a última meta; sexo é apenas o primeiro passo. E eu quero realçar que as pessoas que se recusam a reconhecer e que censuram o primeiro passo não podem nem mesmo alcançar o segundo. Não podem progredir de forma alguma. É imperativo dar o primeiro passo com consciência, compreensão e atenção. Mas esteja avisado: sexo não é um fim em si próprio, sexo é o começo e, para progredir, são necessários muitos passos.
O maior atraso para a humanidade inteira tem sido a sua relutância em dar até mesmo o primeiro passo. E ela aspira chegar ao último! Um homem despreza o primeiro degrau e ainda assim tem ambições de alcançar o último degrau da escada; não tem nenhuma experiência da luz de uma vela e ainda assim quer reivindicar o esplendor do sol, temos que aprender a compreender a tênue luz de uma vela, que vive por um tempo e é imediatamente apagada por uma suave brisa. Para despertar a ansiedade, o desejo, a inquietação pelo último passo - o desejo para alcançar o sol - o primeiro deve ser dado corretamente.
A apreciação da música calma pode abrir o caminho para a música eterna; a experiência de uma tênue vela pode nos levar à luz infinita; conhecer uma gota é o prelúdio para conhecer o oceano.
O conhecimento do átomo pode revelar o mistério de todas as forças materiais. A natureza nos deu um pequeno átomo de sexo, mas nós não o reconhecemos de todo. Nós nem mesmo o conhecemos completamente. Isto porque nem temos a clareza da mente nem o senso do mistério para reconhecê-lo, para compreendê-lo ou experienciá-lo. E assim, estamos tremendamente distantes do entendimento deste processo que pode nos levar do sexo ao samadhi. Assim que o homem entender e reverenciar este processo de transcendência, ele irá se organizar numa nova e mais elevada ordem social.


Homem e mulher são dois pólos diferentes, os pólos positivo e negativo da energia. O correto encontro destes dois pólos fecha um circuito e produz um tipo de eletricidade, e o conhecimento direto desta eletricidade é possível se o período do coito, quando vocês estão em profunda e completamente entregues um ao outro, puder ser mantido por uma hora. Uma alta carga produzindo uma aura de eletricidade irá se desenvolver por si própria; se as correntes do corpo estiverem num espaço completo e total, pode-se ver um pedaço de luz na escuridão. Um casal experienciando esta corrente elétrica de energia está bebendo da taça mais cheia de vida.

Você deve rever a sua vida, especialmente o capítulo sobre sexo, desde o ABC.

O sexo não deve ser apenas um instrumento de prazer, deve ser também um meio de crescimento espiritual. Sexo é um processo Yoguico. Eu acho que o nascimento de Cristo, Mahavira ou Buda foi acidental; cada nascimento foi o fruto da mais completa união de duas pessoas. Quão mais profunda a união, mais evoluída a criança; quão mais superficial o encontro, menos desenvolvida.
Mas hoje, o calibre da humanidade está afundando mais e mais. Algumas pessoas culpam a deterioração dos padrões morais, enquanto outras atribuem isto aos efeitos da Kaliyuga, a predestinada era do caos, mas todas essas hipóteses são falsas e sem valor. A deterioração do homem é devida apenas à loucura da nossa atitude sexual, tanto na teoria como na prática.
O sexo perdeu a sua origem sacra. O original senso de reverência que o homem tinha pelo sexo foi ofuscado e se degenerou num pesadelo mecânico, transformando-o em uma sutil violência, no sentido exato da palavra. O sexo não é mais uma experiência amorosa, não é mais um veículo para o sagrado e nem é mais um ato meditativo. E por causa disto, a humanidade está continuamente caindo num abismo.
O resultado de qualquer coisa que fazemos depende da atitude mental com que a fazemos. Se um escultor bêbado está fazendo uma estátua, você espera que ele crie uma bela obra de arte? Se uma bailarina está dançando, você espera uma apresentação brilhante se ela estiver perturbada, raivosa ou cheia de tristeza? De maneira similar, a nossa abordagem sexual tem estado errada.
O sexo é o aspecto mais negligenciado das nossas vidas. Não é um tremendo erro que o fenômeno do qual depende a procriação da vida, do qual dependem as crianças, e as novas almas entrando neste mundo, seja o mais negligenciado? Você provavelmente não está consciente de que o orgasmo no ato amoroso cria uma situação na qual a alma desce, e uma nova vida é concebida. Você apenas cria a situação; quando as condições necessárias e apropriadas para uma alma em particular forem preenchidas, ela nasce. A qualidade da alma tem uma relação direta com as circunstâncias. Uma criança concebida em raiva, culpa ou ansiedade está aflita desde o nascimento.
A qualidade das nossas crianças pode ser melhorada, mas para conceber uma alma mais elevada as condições da concepção devem ser também de qualidade mais elevada. Só então almas superiores podem nascer e o nível da humanidade pode ser finalmente elevado. É por isso que eu digo que quando o homem tomar conhecimento da ciência sexual, da arte sexual, quando ele for capaz de passar este conhecimento tanto aos jovens como aos velhos, nós seremos capazes de proporcionar as circunstâncias que darão à luz o que Aurobindo e Nietzsche chamaram Super-Homem. Essa futura humanidade pode nascer e esse mundo pode ser criado, mas até lá não pode haver nenhum progresso; não pode haver paz no mundo; as guerras não podem ser evitadas, o ódio não pode ser abolido, a imoralidade não pode ser curada, o mal não pode ser erradicado, a exploração e as perversões sexuais não podem ser desenraizadas e a escuridão atual não pode ser dispensada.
Mesmo se colocarmos toda a nossa tecnologia moderna e inovações para trabalhar, mesmo que os políticos, sociólogos, líderes religiosos façam o melhor que possam, não cessarão as guerras, não se aliviarão as tensões, e a violência e o ciúme não desaparecerão. Nos últimos dez mil anos, os apóstolos, os messias e os líderes pregaram contra a guerra, a violência e a raiva, mas ninguém ouviu. Todos os apóstolos da humanidade, no passado e no presente, não tiveram sucesso. Eles fracassaram.
De Bertrand Russel a Vinoba, todos clamaram pela paz, e ainda assim nos preparamos para uma terceira grande guerra, que fará com que as anteriores pareçam brincadeira de criança.
Este é o resultado dos ensinamentos morais e religiosos da humanidade, mas a razão repousa em algum outro lugar e precisamos lidar urgentemente. Isto porque, até que tenhamos sucesso em trazer harmonia ao ato sexual, em trazer uma sintaxe espiritual ao sexo, em chegar a respeitar o sexo como a entrada para o samadhi, uma humanidade melhor não poderá vir a existir.
Um novo homem deve nascer. A alma do homem está ansiosa para subir às alturas, para alcançar o céu, para ser iluminada como a lua e as estrelas, para florescer como as flores, para fazer música, para dançar. A alma do homem está angustiada; sua alma está sedenta. Mas o homem está cego, ele viaja em círculos num circulo vicioso: é incapaz de romper com isso, é incapaz de elevar-se acima disso. Qual é a causa? Existe uma causa e apenas uma: o seu método atual de procriação é absurdo, está cheio de loucura. Está assim porque não fomos capazes de fazer do sexo uma porta para o samadhi. Um ato sexual iluminado pode abrir o portão para o samadhi.
O homem está desesperado; o homem é um escravo do sexo, e esse desespero deve ser descartado. Nós queremos conhecimento, não ignorância. Conhecimento por si só é poder, e conhecimento do sexo é um poder ainda maior. É perigoso continuar a viver em ignorância sobre o sexo.
Se uma semente não cresce numa planta, nós raciocinamos que o solo talvez não tenha sido adequado, que a semente pode não ter tido água suficiente ou que ela não tenha recebido suficiente luz solar, não culpamos a semente. Mas, se flores não florescem na vida de um homem, dizemos que ele próprio é responsável por isso. Ninguém pensa na pobreza do adubo, na falta da água ou na falta da luz solar e nada se faz a respeito: o próprio homem é acusado de ser mau. E assim a planta do homem tem permanecido subdesenvolvida, tem sido reprimida por falta de amor e tem sido incapaz de atingir seu estágio de florescimento.
A natureza é harmonia num ritmo profundo, mas a artificialidade que o homem tem imposto sobre a natureza, a maneira como tem interferido nela e as invenções mecânicas que tem lançado na corrente da vida criaram obstruções em muitos locais, interromperam o fluxo. E o próprio rio da vida é acusado. "O homem é mau; a semente está envenenada", dizem eles.
Eu quero deixar claro para vocês que as obstruções básicas são criadas pelo próprio homem, de outra forma o rio do amor fluiria livremente e atingiria o oceano de Deus. O amor é inerente ao homem. Se as obstruções forem removidas com consciência, o amor pode fluir. Então o amor pode elevar-se e tocar a Deus, tocar o Supremo.
Quais são esses obstáculos criados pelo homem? Em primeiro lugar, a mais óbvia obstrução tem sido a oposição ao sexo e a crítica à paixão. Essa barreira tem destruído a possibilidade de nascimento do amor no homem.
A verdade pura é que o sexo é o ponto inicial do amor. Sexo é o começo da jornada ao amor. A origem, o Gangotri do Ganges de amor é sexo, paixão. E todo mundo se comporta como se ele fosse um inimigo. Toda cultura, toda religião, todo Guru, todo vidente tem atacado esse Gangotri, essa fonte. E o rio têm permanecido engarrafado, as pessoas têm sempre proclamado: "sexo é pecado; sexo é irreligioso; sexo é veneno". Mas parece que nunca entendemos que na verdade é a própria energia sexual que progride para alcançar o oceano interior de amor. O amor é a transformação da energia sexual. O florescimento do amor vem da semente do sexo.
Nunca ocorreria a vocês que quando o carvão se transforma se torna diamante? Apenas a energia do sexo pode florescer no amor. Mas todos, incluindo os grandes pensadores da humanidade, são contra ele. Essa oposição não permitirá que a semente brote, e o palácio do amor está destruído na sua fundação. A inimizade para com o sexo destruiu a possibilidade do amor.
devido a esse erro conceitual e básico, ninguém sente a necessidade de passar pelo processo de transformá-lo. Como podemos transformar alguém que é nosso inimigo, alguém a quem nos opomos, com quem estamos em guerra contínua? Tem sido forçada uma discussão entre o homem e a sua energia, em oposição às suas necessidades sexuais.
"A mente está envenenada, então lute contra ela", é dito ao homem. A mente existe no homem, o sexo também existe nele e, apesar disso, espera-se que ele esteja livre de conflitos interiores. Espera-se dele uma existência harmoniosa, ele tem que lutar e pacificar. Esses são os ensinamentos de seus líderes. Por um lado, eles o deixam louco, e pelo outro abrem hospícios para tratá-lo. Eles espalham os germes da doença e então constroem hospitais para curar o doente.
Devido a essa inimizade com o sexo, oposição e repressão, o homem está definhando interiormente. Ele não pode nunca livrar-se de algo que está na própria raiz de sua vida e por causa desse conflito interior, constante, todo o seu ser tornou-se neurótico. Ele está doente. Essa sexualidade pervertida que está tão evidente na humanidade é devida aos seus assim chamados líderes e santos; eles são culpados por isso. Até que o homem se livre de tais professores, moralistas, líderes religiosos e de seus falsos sermões, é nula a possibilidade do surgimento do amor.
A religião e a cultura despejam, venenos contra o sexo na mente humana. Elas criam conflito, guerra;engajam o homem numa batalha contra sua própria energia primária, e assim o homem tornou-se fraco, bruto, vazio de amor e cheio de vazio. O sexo tem que se tornar um amigo, não um inimigo. O sexo deve ser elevado às mais puras alturas.
O sexo tem quatro estágios que devem ser entendidos. É perigoso não entender esses quatro estágios e toda a tradição tem mantido o homem inconsciente desses quatro estágios.

O primeiro estágio é auto-sexual.

Quando uma criança nasce, é narcisista. Ama tremendamente o seu corpo e isso é belo: ela conhece apenas o seu corpo. Apenas chupando seu próprio polegar, surge a euforia em sua face; apenas brincando com o seu próprio corpo, tentando colocar o dedão do pé na boca um circulo é criado e a energia começa a mover-se em círculo. A luz circula naturalmente na criança e a alegra, pois quando a luz circula existe grande alegria interior.
A criança brinca com seus próprios órgãos sexuais sem saber que eles são órgãos sexuais. Ela ainda não foi ainda assim condicionada: Ela conhece seu próprio corpo como um todo. Certamente, os órgãos sexuais são a parte mais sensível do corpo. Ela se diverte tremendamente em tocá-los, brincando com eles...
E é aqui que a sociedade, a sociedade envenenadora, entra na psique da criança: "Não toque!" "Não", é a primeira palavra suja, obscena. E a partir dessa palavra obscena, muitas outras surgem: não pode, não faça, todas essas são palavras obscenas; uma vez que seja dito à criança: "Não!", e os pais zangados, a mãe ou o pai, e aquele olhar, as mãos da criança são retiradas dos seus órgãos genitais, que são naturalmente muito prazerosos. Ela realmente sente prazer e não está sendo sexual, nem nada. Estas são apenas as partes mais sensíveis e mais vivas do seu corpo, isto é tudo.
Mas as nossas mentes condicionadas - ela está tocando um órgão sexual, isto é ruim, nós retiramos as mãos dela. Nós criamos culpa na criança.Começamos a destruir sua sexualidade natural, a envenenar a fonte original do prazer do seu ser. Estamos criando hipocrisia nela; ela será uma diplomata. Quando os pais estiverem presentes, não brincará com seus órgãos sexuais. A primeira mentira surgiu; ela não pode ser verdadeira. Agora sabe que, se for verdadeira com ela mesma, se respeitar a si própria, se respeitar o seu próprio prazer, se respeitar seu próprio instinto, os pais ficarão zangados. Ela está desprotegida, depende deles e sua sobrevivência está com eles. Se eles a renunciarem, ela estará morta; então a questão é que se ela quer viver, deve estar contra ela mesma, e assim tem que ceder. O resultado natural desta estupidez que tem sido perpetuamente praticada na humanidade é que a criança não é mais um ser natural, a hipocrisia entrou. Ela tem que esconder alguma coisa dos pais ou tem que sentir-se culpada.
Este é o estado auto-sexual: muitas pessoas permanecem estagnadas aí. É por isso que persiste tanta masturbação em todo o mundo. É um estado natural, que passaria por si próprio - é uma fase de crescimento e se os pais não perturbarem essa fase de crescimento da energia.
A criança torna-se estagnada: quer brincar com seus órgãos sexuais e não pode. Após longo tempo de repressão, ela é possuída pela energia sexual, e uma vez que ela tenha começado a masturbação, isto pode tornar-se um hábito, um hábito mecânico; e então ela nunca se moverá para o segundo estágio. E os responsáveis são os pais, o padre, os políticos, toda a mente social que existiu até agora.
Esse homem pode permanecer estagnado nesse estágio, o que é muita infantilidade. Nunca atingirá o completo crescimento da sexualidade e nunca chegará a conhecer a alegria que pode advir apenas a um ser sexualmente maduro. E a ironia é que estas mesmas pessoas condenam a masturbação, fazendo declarações muito perigosas: elas têm dito às pessoas que se masturbarem que ficarão cegas, tornar-se-ão zumbis, e nunca serão inteligentes, permanecendo estúpidas.
Agora existe uma concordância absoluta, não existem duas opiniões sobre isso; todos os pesquisadores da psicologia concordam que a masturbação não prejudica ninguém, é uma descarga natural da energia. Mas essa idéia de que vocês ficarão cegos podem torná-la perigosa para os seus olhos, porque vocês sempre pensarão que ficarão cegos. Tantas pessoas usando óculos e a razão pode não estar nos olhos; a razão pode estar apenas em algum outro lugar. tantos milhões de pessoas são estúpidas, pois nenhuma criança nasce estúpida, todas as crianças nascem inteligentes. A razão pode estar em algum outro lugar: Nessas técnicas. Vocês permanecerão doentes, perderão a autoconfiança. Tantas pessoas são medrosas, tremendo continuamente, sem nenhuma confiança, nenhuma autoconfiança, estão continuamente amedrontadas, porque sabem o que têm feito. 
Milhares de cartas chegam até mim: "Nós estamos presos nessa armadilha; como podemos sair dela?"
Deixe-me repetir: Masturbação nunca prejudicou ninguém. O momento em que uma pessoa se masturba é um momento muito sensível e delicado; todo o seu ser está aberto e fluindo. Se nesse momento ele se auto-sugestionar: "E se eu ficar maluco? E se eu ficar cego? E se eu permanecer estúpido?" fará com que essas constantes sugestões auto-hipnóticas sejam a causa de mil e uma doenças, de mil e um problemas psicológicos e perversões.
Quem é responsável por isto?
As pessoas que vêm até mim chegam com todas essas perversões. Muitas são ajudadas e crescem além disto. Mas a sociedade pensa que estou ensinando perversões às pessoas. "Vocês vivem numa sociedade pervertida!"
Se à criança for permitida a fase natural da auto-sexualidade, ela passa por si própria à segunda fase, a homossexual, o que acontece com poucas pessoas; a maioria permanece na primeira fase. Mesmo fazendo amor com homem ou com mulher as pessoas não estão fazendo nada mais do que apenas masturbação mútua, porque muito poucas atingem estados orgásticos, e chegam aos vislumbres que estão fadados a existir se sua sexualidade estiver madura. Muito poucas pessoas chegam a conhecer a Deus através do ato sexual, que é um fenômeno natural. No ato sexual, a meditação acontece naturalmente.
Mas ela não acontece, e a razão é que milhões, a maioria, está estagnada no primeiro estágio. Mesmo que elas tenham se casado e tido filhos, seu ato sexual é nada mais que uma masturbação mútua. Não é realmente fazer amor.
Fazer amor é uma arte; necessita grande sensibilidade, grande consciência, qualidade meditativa, maturidade.

A segunda fase é homossexual.

Poucas pessoas passam para a segunda fase; é uma fase natural. A criança ama seu corpo. Se a criança for um menino, ele ama o corpo de um menino, seu corpo. Saltar para um corpo de menina seria um passo grande demais. Naturalmente, primeiro ele passa a amar outros meninos; ou se a criança for uma menina, o primeiro instinto natural é amar outras meninas porque elas têm o mesmo tipo de corpo, o mesmo tipo de ser. Ela pode entender melhor as meninas que os meninos; meninos são um mundo à parte.
A fase homossexual é uma fase natural. Aí a sociedade ajuda as pessoas a permanecerem estagnadas novamente, porque ela cria barreiras entre homem e mulher, meninas e meninos. Se essas barreiras não estiverem aí, então a fase homossexual desvanece logo e o estágio heterossexual inicia o interesse no sexo oposto. Mas para isso a sociedade não dá muita oportunidade, uma grande Muralha da China existe entre menino e menina. Nas escolas eles têm que sentar separados ou têm que morar em alojamentos separados. O encontro deles, o seu estar juntos, não é aceito.
Separa-se o homem da mulher, criam-se compartimentos estanques: quando o homem quer amar, não pode encontrar a mulher, quando a mulher quer amar, não pode encontrar o homem. E isso também não é satisfatório, mas é melhor do que nada. A natureza tem que achar o seu caminho. Se você permite o curso natural, ela encontrará algum caminho indireto. De outra forma a homossexualidade é uma fase natural; passa por si própria.

E a terceira fase é heterossexual.

Quando realmente completa-se a auto-sexualidade, homossexualidade, então surge a aptidão e maturidade para se conhecer um mundo totalmente diferente, uma química, uma psicologia e uma espiritualidade também diferentes. Então é possível brincar com esse mundo e com esse organismo diferente.
Eles são pólos distintos, mas quando se aproximam, e existem momentos em que eles estão realmente próximos e sobrepostos, os primeiros vislumbres luminosos de completude são alcançados.
Por isso ser raro, muitas pessoas pensam nisso apenas como poesia. Não é poesia. É um fenômeno existencial, mas é necessário que o homem e a mulher estejam maduros. Eles devem ter ido além dos dois primeiros estágios, para que isso aconteça. E muito raramente, existem pessoas que são homens maduros e mulheres maduras. Então nada acontece; eles fazem amor, mas esse amor é apenas superficial. Lá no fundo eles são auto-sexuais, ou , no máximo, homossexuais.
Para amar, é necessário um novo tipo de ser que possa aceitar a polaridade oposta. E apenas com a polaridade oposta, assim como quando cargas elétricas negativas e positivas se encontram, a eletricidade surge, apenas assim; quando as eletricidades da vida se encontram, homem e mulher, yin e yang , Shiva e Shakti, essa dissolução, esse total esquecimento, essa embriaguez, desaparecem como entidades separadas, egos separados.
Não existem mais separadamente. Esta é a primeira experiência natural da não-mente, não-ego, não-tempo, e essa é a primeira experiência natural de samadhi.
Uma vez experimentado isso, então surge um desejo. Como alcançar esse samadhi de modo que possa se tornar um estado natural das coisas, e que um não precise depender de outro corpo. De modo que não precise depender de uma mulher. De modo que não precise depender de um homem. Isso, porque dependência traz escravidão.
A partir dessa experiência uma pessoa começa a procurar por caminhos, meios e métodos – Yoga, Tantra, Tão... – de maneira que possa alcançar o mesmo estado pelos próprios esforços.
Isso pode ser alcançado, porque lá no fundo de cada ser humano está um homem e uma mulher – metade vem do seu pai, metade vem da sua mãe. Então a experiência exterior apenas o detonou, simplesmente atuou como um agente catalítico.
Agora você começa a meditar. Então vem a última fase. Isso é brahmacharia.

O quarto estágio: brahmacharia

O celibato dos Budas. Isso é brahmacharia. O ato sexual desapareceu; você não precisa de um estopim exterior. Agora o seu homem e sua mulher interiores atingiram uma unicidade, e essa unicidade não é momentânea. Esse é o real casamento; vocês estão soldados juntos. Agora o seu estado natural é estar orgástico. Um Buda vive continuamente assim; ele inspira e expira isso.
Esses são os quatro estágios da maturidade humana.
O ser humano é o único ser que pode reprimir ou transformar suas energias. Nenhum outro ser pode.
Repressão e transformação existem como dois aspectos de um fenômeno. E esse fenômeno é que o ser humano pode fazer algo sobre si mesmo.
As árvores existem, os animais existem, mas eles nada podem fazer sobre a sua existência, eles são partes dela! Eles não podem colocar-se fora dela. Estão mesclados com a própria energia, não podem separar-se de si mesmos.
O homem pode fazer algo a seu respeito. Ele pode observar a si mesmo a distância, e olhar suas próprias energias como se fossem separadas.

Osho

http://www.centrometamorfose.com.br/artigos/artigos_samadhi.htm