terça-feira, 7 de abril de 2015

Enquanto formos apegados, não existe amor

Enquanto formos apegados, não existe amor
Nós conhecemos o amor como uma sensação, não é isso? Quando dizemos que amamos, conhecemos o ciúme, o medo, a angústia. Quando você diz que ama alguém, tudo isso está implicado. a inveja, o desejo de possuir, o desejo de ter, dominar, o medo da perda, o apego e assim por diante. Tudo isto nós chamamos amor, e assim nós não conhecemos o amor sem medo, sem inveja, sem posse, sem apego, nós apenas verbalizamos esse estado de amor que é sem medo, e então nós o chamamos de impessoal, puro, divino, ou D'us sabe de que mais, mas o fato é que somos invejosos, somos dominadores, possessivos. Assim nós só conheceremos esse estado real de amor quando inveja, ciúme, possessividade, dominação chegarem a um fim, e enquanto possuirmos nunca amaremos ...
Quando é que você pensa sobre a pessoa que você ama? Você pensa nela quando ela vai embora, quando ela está longe, quando ela o deixou ... Então, você sente falta da pessoa que você diz que ama só quando você está perturbado, quando está sofrendo, e assim enquanto você tem aquela pessoa, você não tem que pensar nela, porque na posse não existe perturbação ...
O pensar sobre a pessoa que você ama vem quando você está perturbado e você está destinado a ser perturbado enquanto este seu pensar é o que você chama de amor. Certamente, amor não é uma coisa da mente, e porque as coisas da mente encheram nossos corações, nós não temos amor.
As coisas da mente são ciúme, inveja, ambição, o desejo de ser alguém, de ter sucesso. Estas coisas da mente enchem seus corações, e então você diz que ama,; mas como você pode amar quando você tem todos estes elementos confusos em você? Quando existe fumaça, como pode haver uma chama pura?

J. Krishnamurti, The Book of Life



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