quinta-feira, 14 de maio de 2015

Coisificação Humana



COISIFICAÇÃO

No sexo, você usa o outro, você reduz o outro a um meio, você reduz o outro a uma coisa. É por isso que numa relação sexual você se sente culpado. Essa culpa nada tem a ver com ensinamentos religiosos, essa culpa é mais profunda que os ensinamentos religiosos. Numa relação sexual, enquanto tal, você se sente culpado. Você se sente culpado porque você está reduzindo um ser humano a uma coisa, a uma mercadoria para ser usada e jogada fora.
É por isso que no sexo você também tem uma sensação de escravidão, você também está sendo reduzido a uma coisa. E quando você é uma coisa, a sua liberdade desaparece, porque a sua liberdade somente existe quando você é uma pessoa. Quanto mais você for uma pessoa, mais livre será; quanto mais você for uma coisa, menos livre será.

Os móveis de seu quarto não são livres. Se você deixar o quarto fechado e voltar muitos anos depois, os móveis estarão nos mesmos lugares, com a mesma disposição, eles não se arrumarão numa nova disposição. Eles não têm liberdade. Mas se você deixar um homem num quarto, você não irá encontrá-lo do mesmo jeito, nem mesmo no dia seguinte, nem mesmo no momento seguinte. (...)

Para uma coisa, o futuro está fechado. Uma pedra permanecerá uma pedra. Ela não tem qualquer potencial para o crescimento. Ela não pode mudar, ela não pode evoluir. O homem nunca permanece o mesmo. Ele pode retornar, ele pode ir adiante, ele pode ir para o inferno ou para o céu, mas nunca permanece o mesmo. Ele segue se movendo, deste ou daquele jeito.
Quando você tem uma relação sexual com alguém, você reduz aquela pessoa a uma coisa. E ao reduzi-la, você também se reduz a uma coisa, porque isso é um acordo mútuo do tipo: 'Eu lhe permito reduzir-me a uma coisa e você me permite reduzi-lo a uma coisa. Eu lhe permito usar-me e você me permite usá-lo. Nós usamos um ao outro. Nós ambos nos tornamos coisas'.
OSHO

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