A inveja e o ciúme são projeções exteriores das nossas inseguranças interiores. Frutos do sentimento de que não somos queridos, merecedores de amor nem especiais ou do medo de estarmos prestes a perder algo que reivindicamos como nosso, o ciúme e a inveja são um fogo interior cujas labaredas podem se inflamar rapidamente, levando-nos a partir para o ataque de maneiras cruéis e vingativas, instigando uma insanidade temporária e levando pessoas boas a fazer toda sorte de coisas ruins. Em seu ensaio “On Life and Sex”, o psicólogo britânico Havelock Ellis afirma, “O ciúme é o dragão que mata o amor sob o pretexto de mantê-lo vivo”. Num instante, o ciúme pode destruir a vida de todos que estão no seu caminho.
O medo de que nunca teremos o talento, a afeição, o amor ou os bens materiais que desejamos traz à tona a inveja, uma emoção às vezes muito bem escondida. Sentimos inveja quando achamos que outra pessoa tem o que deveríamos ter. Sentimos inveja quando acreditamos que nunca teremos ou conquistaremos o que desejamos na vida. Sentimos inveja quando julgamos o nosso próprio eu insuficiente e almejamos ser mais do que somos. Sentimos inveja quando aqueles à nossa volta parecem ter talentos, dons ou oportunidades maiores do que os nossos. O sentimento de que somos menos do que aqueles à nossa volta é o calcanhar de Aquiles da pessoa invejosa. Depois de levar a pior várias e várias vezes e de nos sentir extremamente injustiçados, podemos não conseguir mais reprimir a inveja e partimos para a vingança. Esse coquetel amargo de inveja, inadequação e raiva pode parecer indiferença, mesquinhez, criticismo ou torpeza.
O ciúme leva pessoas boas a fazerem coisas horríveis: pais agridem a mãe dos seus filhos e vice-versa. Amantes traídos destroem propriedades ou armam ciladas para aqueles que não retribuem a sua afeição. Rixas de família que poderiam ser facilmente superadas perduram por anos. Ex-funcionários invejosos criam vírus de computador ou processam o patrão por frivolidades apenas para prejudicar e destruir a vida daqueles que eles acreditam ter o que eles não têm.
A inveja também é descrita como “a úlcera da alma”. Trata-se de uma emoção que corrompe e debilita, destruindo a autoestima e transferindo os sentimentos de inadequação para o rosto de suas vítimas. Cada um de nós que já foi alvo da inveja ou do ciúme de alguém sabe o potencial dessas emoções para nos transformar rapidamente no pior inimigo de nós mesmos.
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