Todos nós sabemos como podem ser convincentes os pensamentos do nosso ego, fazendo parecer que aquilo que estamos vendo e sentindo é a única maneira de olhar o mundo. Nessas ocasiões, devemos lembrar que somos nós mesmos que criamos esses pensamentos. Eles são apenas um aspecto isolado de nós, um aspecto ligado apenas ao corpo físico. Talvez vejamos essas percepções como sendo a única e verdadeira realidade que existe, convencendo-nos de que devemos sempre estar em guarda para nos proteger do mundo exterior. Se o medo é o cartão de visita do ego, então a culpa, a censura e o radicalismo são as suas armas, as armas que ele irá empunhar e usar para agredir os outros toda vez que houver uma oportunidade.
Para nos lembrarmos de que há outras maneiras de encarar os relacionamentos além dessas apresentadas pelo nosso ego, tudo o que temos que fazer é considerá-las como reflexos do nosso próprio medo.
O sistema de pensamento a que chamamos ‘ego’ não só pode ser bastante convincente como também muito ruidoso e insistente. Podemos acalmá-lo momentaneamente com algumas palavras corteses: ‘Por favor, fique quieto por um instante’. Nosso ego geralmente nos concede esse instante, porém não muito mais. Esse precioso instante pode ser a oportunidade de ouro para nos lembrarmos de que existe um outro modo de olhar o mundo. Podemos escolher olhar para as mensagens do nosso amedrontado ego e descobrir nosso próprio pedido de ajuda e amor e nossa própria identidade espiritual.
Pelos olhos do amor, encontramos apenas a união e o perdão. Pelos olhos do ego, podemos facilmente encontrar os pensamentos, as emoções, as palavras e as ações que criam separação em todos os nossos relacionamentos.
Gerald Jampolsky
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