terça-feira, 12 de maio de 2015

A Busca pelo Amor Exclusivo


A Busca pelo Amor Exclusivo

Todos nascem livres, mas, de alguma maneira, com raras exceções, acabam morrendo prisioneiros de condicionamentos mentais. Sabemos que o ser humano em evolução, no decorrer da sua vida, irremediavelmente acaba criando uma armadura, para sobreviver às intempéries da experiência no planeta, ou seja, aos choques da exclusão, abandono, humilhação e rejeição. Pouco a pouco, ele vai sendo doutrinado a respeito do que é certo ou errado, e assim surgem regras, disciplinas e todo tipo de treinamento que visa adequá-lo dentro daquilo que é considerado correto. Tudo isso acaba distanciando o ser humano da espontaneidade e da sua própria liberdade.
A partir desses condicionamentos morais, as mais diversas máscaras são criadas por ele, entre elas, a do conformismo, que faz com que a criança se torne um adulto obediente, que se enquadra facilmente nas regras impostas pela Sociedade, ou, do contrário, torna-se um rebelde, um marginal em relação àquilo que está sendo traçado como o caminho correto. Outra máscara pode ser a da indiferença, daquele que está acima de tudo isso. Nesses três casos, estamos falando de uma mente completamente fixada no outro. O outro torna-se o ponto de referência. Assim, você se torna completamente dependente do outro, pois sua vida gira em torno da tentativa de fazer com que ele o aceite e o reconheça. As máscaras estão ao serviço de forçar o outro a lhe dar alguma coisa: reconhecimento, valorização, atenção, consideração, o que poderia ser traduzido em “amor”. A sua vida torna-se uma tentativa de fazer o que é certo, para que possa receber essa atenção do outro.
Você se torna vítima do perfeccionismo e da compulsão de fazer o melhor, para poder ser aprovado pelo outro. Você se torna um escravo da necessidade de agradar, e esse modo de agir torna-se tão automático, que você acaba acreditando que esta é a sua natureza e, com isso, não compreende porque se sente tão deprimido, angustiado, irritado e incompleto.
Para você empreender a desprogramação de todos os seus condicionamentos, você precisa olhar para o seu passado, aprender a perdoar e a agradecer, até mesmo as passagens mais difíceis da sua vida. Quando você atinge este ponto, você está pronto a aceitar que a rosa também tem espinhos. Em seguida, você sairá desse condicionamento negativo, quando se conectar com o seu coração. Seu coração é como o Sol, que pode iluminar a todos igualmente. Seu coração é a sede da sua Alma imortal. À medida que essa transformação começa, você percebe que possui dons e talentos que não estão mais ao serviço de agradar ao outro e de satisfazer os desejos do seu eu inferior; ao contrário você os usa, para se tornar um canal do Amor Divino. Você compreende que seus talentos têm a função de realizar um papel no projeto divino, do Amor e da Paz mundial. Você começa a entoar essa música, para que as pessoas que estão prontas, para acordar, possam ouvi-la.
Quando você aceita ser esse o jogo da vida, você deixa de se opor e querer se vingar e consegue finalmente transitar da intencionalidade negativa (que é um “não” absoluto para a felicidade), para a intencionalidade positiva, que é um “sim” para a vida, um “sim” para tudo que é bom, alegre e próspero. Assim, com certeza, você poderá celebrar cada momento da vida; cada instante tornar-se-á uma prece, e, dessa forma, você resgatará a sacralidade de viver, de estar encarnado em um corpo e então poder cantar:
“Vivo aqui, neste mundo,
Não devo nada a ninguém,
Vivo na Terra de Deus,
Onde Ele habita também.”

(Sai Baba)



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